sábado, 6 de outubro de 2012

CUSTOS DE MOBILIZAÇÃO PARA CARAJAS E REGIAO


COMO UMA CONSULTORIA LOCAL   PODE AJUDAR A REDUZI-LOS

Em diversas situações, nos últimos vinte anos, temos deparado com empresas que vem a Carajás ou o sudeste do estado do Pará, buscar desenvolvimento e crescimento econômico e retornam no prejuízo, em dividas impagáveis e centenas de ações trabalhistas ou até com ameaça perene a sua integridade moral e financeira. Os custos são monstruosos. As regras de contratação, absurdas. Os contratos de serviços ilegíveis ou inaceitáveis. Para se obter algum sucesso se coloca a necessidade de uma logística perfeita e pouco sujeita a falhas. No mais, tudo contribui para a possibilidade de fracassar trabalhando para a VALE nesta região. Sob a luz do investimento, o retorno histórico é asiático: 3% em media. Líquidos. Isto significa que num contrato de 100 milhões, seu retorno final terá sido de 300 mil. Vale a pena?


GENTE NO CENTRO DO PROCESSO
O que temos observado é um erro recorrente de gestão, quando da escolha do pessoal que vai liderar a implantação da empresa na região. Já deparamos com gerentes que apostavam que iriam mudar a cidade com sua forma de administrar um contrato. Sua empresa, uma grande construtora de Belo Horizonte, saiu daqui em litígio com a  VALE e com sérios problemas de imagem com a população em geral. Ele nunca soube o que estava falando. As empresas decididamente não mandam os melhores para o interior bravo do Pará. É este seu mais grave erro. Para nossa região devem vir os melhores, os que não tem medo de ousar, os que entendem de custos e os que tem capacidade e experiência em negociação, planejamento e execução de obras ou projetos.

CUSTOS. CUSTOS, CUSTOS

Quando falamos em custos, estamos conscientes que décadas de correção monetária e os famigerados indexadores, nos desnorteou quanto a raiz dos custos de operação e os custeios. É preciso aplicar aos contratos VALE em Carajás e Região, os princípios econômicos e contábeis de CUSTOS operacionais correntes, pré-operacionais, imobilizações patrimoniais, aplicação de recursos e resultado por centro de custo. É preciso operar com grande capacidade bancaria, preferivelmente com linhas de baixo custo e longo prazo e ter o conselho de administração informado sobre as operações. Nestes vinte anos acompanhamos as perdas financeiras  e sociais que centenas de grandes empresas tiveram nesta cidade. Empresas bem administradas e sucesso na Bovespa, mas que perderam rios de dinheiro e prestigio ao investir na prestação de serviços nas minas de Carajás e região. Fomos consultores no caso BIOAGRO, terceirizada da gigante OAS. Ambas amargaram prejuízos localmente, em operações de supressão  vegetal no projeto Salobo. Faltou gestão, a ponto da OAS adiantar recursos sobre serviços que nunca seriam realizados, por total incapacidade gerencial e operativa da BIOAGRO. Para ilustrar, a OAS solicitou a mobilização de 200 equipamentos de terraplenagem e a contratação de outra centena de operadores que nunca saiu do papel.  Montada a estrutura, a contratada ficou esperando  pela ordem de serviço por noventa dias. Nunca veio, e a BIOAGRO perdeu todo o recurso mobilizado. Responde até hoje a centenas de ações trabalhistas do período, ainda de 2008/2009. Pagou caro, com este episodio contribuindo enormente para sua concordata e conseqüente liquidação de ativos.

CONTRATO DE SERVIÇOS VALE

É difícil entender uma empresa do porte da VALE e com o tremendo papel social obrigado, ter um contrato de serviços tão ruim e particular. Quem le, não assina. As empreiteiras que se propõem vir ao Pará, precisam entender melhor este contrato, não para contradizer a VALE, senão não ganharão as obras, mas para se prevenir, contabilizar os provisionamentos e preparar para as contra-ordens de parada, afiar a capacidade de negociação e estarem prontas para saírem o quanto antes do prejuízo final. Não se contesta a VALE, rompe-se. Negociadores de alto nível têm que ficar mobilizados para não deixarem passar do ponto de ruptura. Conhecemos casos de perdas de  10, 23, 70 milhões, por hesitar em se rescindir  contratos. É dinheiro sem retorno. Some-se a estas perdas o tempo e a possibilidade de desenvolvimento em outras frentes, neste momento que o país é um canteiro de obras e as oportunidades não faltam. Acreditamos que a solução para destravar este quesito seria a formação da ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DA VALE, entidade de negociação e representativa de todas as empreiteiras. As negociações seriam conduzidas por este grupo, em todos os níveis. Seria como um sindicato, inclusive apontado para políticas sociais compartilhadas. Hoje temos a pressão dos trabalhadores, sem sindicatos, por melhores condições de trabalho. São novos custos que a empreiteiras assumirão sozinhas, haja visto a indisponibilidade da VALE em revisar contratos.

CUSTOS DE MOBILIZAÇÃO, TEMPO E CONDIÇÕES SALARIAIS

Os custos de mobilização, acrescido do fator tempo, é a raiz de todos os males que uma empreiteira vai passar aqui. Ganha-se a licitação. A composição dos preços tem que levar em conta a logística necessária. Se esta no sul, faça com valores do norte. Contrate nossos serviços para orientar na formação dos preços. Não adianta ganhar com o menor preço e não entregar ou perder dinheiro no processo. O tempo da mobilização até a ordem de serviços é, em media, de noventa dias. Conhecemos caso de empresas que perderam cento e vinte, cento e oitenta dias até. Não se pode subestimar as condições locais. Falta de tudo: os alugueis são altíssimos, o transporte caótico e absurdo, as regras de acesso a mina são duras, os exames pré-admissionais são múltiplos e repetitivos. A documentação da empresa, nos relatórios de segurança PPRA, PCMAT, PCMSO e demais, é exigência zero. Os custos de treinamento das RACs, as horas intinere, a fabricação dos uniformes, a adaptação dos veículos, os custos de montar escritório, contratar pessoas de confiança, analisar currículos, aplicar testes operacionais, monitorar documentação, contratar a supervisão técnica necessária, estabelecer os vínculos profissionais e sociais são consideráveis. Ainda, não se pode trabalhar em Carajás e região sem capacidade contábil e financeira para os provisionamentos contingenciais. Até o primeiro pagamento tudo  será bancado com recursos próprios. Até a primeira  medição não se fala em dinheiro.

PRODUTIVIDADE
O maior agravante para a prestação de serviços na região norte é a produtividade local. Uma mao de obra acomodada, amplamente respaldada pelos escritórios trabalhistas, que transformam dias em meses, meses em anos e anos de serviço. A pratica da mina é fazer menos com mais. E não há mao de obra disponível, é preciso considerar, cada vez mais, trazer seus profissionais de sua sede. Apesar dos salários serem comprimidos na região, a baixa produtividade deixa as empresas em situação difícil para entregar seus contratos. É preciso considerar esta produtividade nas cotações e orçamentos apresentados a VALE. A própria rotatividade da mao de obra local gera custos que precisam ser provisionados.

VÍCIOS
Outro problema que afeta as empresas é a forma como se da as contratações. Pelas indicações pessoais, nunca se contrata os melhores e nem da tempo para as testagens e entrevistas. O próprio SINE local tem seu esquema de contratação, que até esta data é dominado por políticos locais. Mas, não há problemas com sindicatos. Eles são patronais, fazem acordos e não agitam as massas.

MOVIMENTAÇÃO SOCIAL
Neste momento estamos assistindo uma secção das massas em relação aos seus sindicatos. Os trabalhadores estão sistematicamente parando  a portaria da VALE em Parauapebas, reivindicando aumentos salariais e vantagens. Nos últimos meses, toda segunda feira tem greve na portaria. Cada semana uma empreiteira se quiser continuar seus contratos, tem que renegociar caso a caso, o acordo coletivo fechado anualmente com os sindicatos. Novos custos que não poderão repassar a VALE.

TERCEIRIZAR A GESTAO DA MOBILIZAÇÃO
Uma solução para melhor gerenciar seus custos locais, é terceirizar sua mobilização, ou contratar uma supervisão e orientação locais a esta mobilização. Temos toda a experiência da EXCLUSIVA CONSULTORIA, com mais de  20 anos atuando no mercado local. Fomos por dezesseis anos, consultoria exclusiva da  INTEGRAL CONSTRUÇÕES E COMERCIO, a única empresa local que se certificou com a ISO e sobreviveu até os dias atuais. Todas as outras ficaram pelo caminho e de cada cinco empreiteiras, quatro perderam dinheiro aqui. Venha para Carajás, venham para o sul do Pará, onde estão as oportunidades. Mas não subestimem as condições especificas locais. Contrate nossos serviços.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

É CORRUPÇÃO SIM


Polícia apreende R$ 1,2 milhão e prende 3 no aeroporto de Carajás, PA
Juiz diz que recebeu denúncia de que dinheiro seria para boca de urna. Questionado se os presos estão ligados a partido, delegado não respondeu.  Do G1, em Belém e em São Paulo 

A ATITUDE  de pagar por favores políticos com dinheiro do povo é pratica recorrente do PT. Vide os acontecimentos  que estão desenrolando agora no Supremo Tribunal Federal. Todos os réus foram condenados e todos os que vão ser julgados, serão condenados também. O prefeito local comprou quem ele bem quis. O que não entendemos é porque, nenhuma das grandes operações da Policia Federal ocorreu em Parauapebas. Perguntamos cotidianamente, cadê o Ministério Público Federal, o Estadual, o Tribunal de Contas e as guarnições da Policia Federal? As verbas extra-orçamentárias, oriundas de excesso de arrecadação precisam ser auditadas. Os controles contábeis precisam ser revisados e as garantias para conservação dos dados financeiros e da execução orçamentária precisam ser preventivamente resguardados. 
Pena que apenas  um milhão esteja fora de circulação dia 07 próximo. O grosso mesmo já esta na cidade e grande parte já foi repassado aos laranjas e aos comprados. O juiz eleitoral, se quiser solidificar seu nome, deve estar atento e mandar investigar a boca de urna. Há milhões para serem investidos nesta data. Todos os agentes estão sabendo disso, especula-se ate o valor de cada voto. Não podemos esquecer que, enquanto a maquina estiver a favor deste ou daquele  candidato e os recursos públicos persistirem sem controle, o poder vai mandar sempre. Esperamos todos  uma libertação deste grupo domingo próximo. É uma pena que o novo grupo que certamente vai assumir o poder local, ainda seja fraco e incompetente. Mas esperamos uma retomada de consciência da classe empresarial, dos docentes e da sociedade como um todo na busca por renovação, moral, ética e cidadania.


A NOTÍCIA
Três pessoas foram presas nesta terça-feira (2) com cerca de R$ 1,2 milhão em espécie no aeroporto de Carajás, no Pará, em operação conjunta das Polícias Civil, Militar e da Justiça Eleitoral, informou a Polícia Civil de Parauapebas, na região da Serra dos Carajás.
Segundo a Polícia Civil, o dinheiro foi apreendido por volta do meio-dia em três mochilas carregadas pelos suspeitos, que haviam desembarcado de uma aeronave particular. Segundo a Infraero, os suspeitos foram detidos no terminal de passageiros do aeroporto.
"Há indícios de que seria de campanha", afirmou o delegado Antônio Miranda, titular da delegacia de Parauapebas, responsável pelas investigações. Miranda disse que não divulgará o nome dos presos. Questionado se os presos estão ligados a algum partido, o delegado não respondeu.
O juiz eleitoral Líbio Araújo Moura, que acompanhou as prisões, afirmou ao G1 que os presos seriam o piloto da aeronave e um casal, cujos nomes não foram informados.
De acordo com o juiz, a investigação teve início após denúncias de que o dinheiro seria entregue no aeroporto. "Tínhamos informações de que pessoas iam descer no aeroporto de Parauapebas com dinheiro que seria para boca de urna", afirmou. Segundo ele, há indícios de lavagem de dinheiro.
De acordo com o delegado, os suspeitos afirmaram que entregariam o dinheiro para outras duas pessoas no aeroporto. Segundo Miranda, essas duas pessoas também já foram identificadas, mas não foram presas. 
Os três presos na operação estão sendo encaminhados à Polícia Federal de Marabá, onde deve continuar a investigação. O delegado não informou os nomes dos detidos.
O dinheiro foi depositado em uma conta do Banco do Brasil pertencente à Justiça Eleitoral.
O G1 entrou em contato com todos os seis candidatos à Prefeitura de Parauapebas. Até as 19h30, quatro deles se manifestaram. Veja a seguir o que dizem os candidatos:
Coutinho (PT) - Nilson Dias, presidente do partido e da coligação, afirmou que o dinheiro não está ligado à campanha do candidato e que os presos chegaram a trabalhar na campanha do PT nas últimas eleições, mas não estão mais ligados ao partido, e sim, ao adversário, o candidato do PSD, Valmir da Integral. "Recebemos a informação de que esse é um valor vindo de Belém, do governo do Estado. O governador está bancando a campanha dele aqui", afirmou.

Valmir da Integral (PSD) - A comunicação da coligação informou que entende que a afirmação do PT é "mais um desrespeito à população de Parauapebas". "É um absurdo que queiram transferir para a uma campanha limpa uma responsabilidade deles."



Adelson (PDT) - A campanha informou que prefere não se manifestar sobre o assunto e negou que o dinheiro pertença ao candidato.





Zezinho (PSOL) - Marven Lima, dirigente da Executiva do PSOL e coordenador da campanha, afirmou que foi à delegacia com o candidato para acompanhar o caso e que não tem relação com o dinheiro. "Essa era uma prática histórica em Parauapebas, onde o poder econômico sempre dominou. Agora, sabemos que é questão de tempo para que descubram mais irregularidades de outras coligações e candidatos."
Os candidatos Chico das Cortinas (PRP) e Rui Vassourinha (PRB) não foram encontrados para comentar o assunto. O governo do Estado do Pará informou que não irá se manifestar sobre as declarações do candidato do PT.

NILSON DIAS é parte FUNDAMENTAL, em qualquer investigação federal sobre o sumidouro de recursos da prefeitura municipal de Parauapebas.  Desgastado com as perdas colossais que sua empresa amargou após anos e anos prestando serviços exclusivos ao PT, cobrando absurdos e cujos contratos e repasses precisam ser auditados e seus agentes punidos, nunca deveria ter feito esta confissão extemporânea. Ao acusar Valmir da Integral e o governador do estado, estava desviando  a atenção do seu circo. Operações deste porte e ousadia  são marca registrada do PT e seus asseclas. Nilson é costumaz e nunca deveria ocupar este cargo no partido. Se Dilma soubesse o que é este PT de Parauapebas, certamente tomaria medidas para desvincular sua imagem  da propaganda eleitoral.

QUEM leu ate aqui, prepare-se  para o agregar aos fundamentos da política, os fundamentos da malandragem, do risco calculado e da demonstração inequívoca da lavagem de dinheiro. Ora, não se recomenda a ninguém, muito menos uma empresa de grande porte, fazer o pagamento com dinheiro em espécie. A retirada de tal quantia, é percebida pelo Banco Central online e a reserva precisou ser feita com antecedência ao gerente do banco, que transportou as notas até a agencia, liberando-a em carro forte, também monitorado pela Policia Federal. Então não era uma movimentação feita  às escondidas. Porque a Policia e a Justiça Eleitoral se movimentaram? Justamente contra o PT? 

Claro esta que se tratava de movimentação indevida de recursos e lavagem de dinheiro. Os portadores devem obrigações ao PT e ao atual prefeito. A ETEC é patrona de obras e serviços não licitados, em igual a WHITE TRATORES. Todos estão comprometidos. E no mínimo incorrendo a um crime ordinário. Pagar funcionários em espécie? Transportar recursos de avião sem notificar as autoridades? A nota fiscal, de prestação de serviços de locação de equipamentos era de quem? Da ETEC ou da WHITE TRATORES? Quem usaria o dinheiro afinal de contas? De qualquer maneira a explicação dada é o ponto de partida para a auditoria e o curso da investigação. O fato esta exposto, os agentes identificados. Precisamos apenas aplicar a técnica da pericia ou da auditoria contábeis e desvendar a origem e o destino reais do dinheiro. Antes vinha em pacotes e veículos dos sindicados. O PT perdeu seus sindicatos, agora tem que apelar para empresas. Triste evolução.

Uma denúncia anônima levou o juiz eleitoral da 075ª Zona Eleitoral, Líbio de Araújo Moura a efetuar uma blitz hoje pela manhã no aeroporto Parauapebas, em Carajás.
Após vistoriar a aeronave PR-DEP, supostamente de propriedade da empresa Dandoline e Peper Ltda, com sede em Belém, foi apreendido uma grande volume em dinheiro vivo.
Segundo as primeiras informações do magistrado, a Polícia Federal foi acionada por supostamente tratar-se de crime federal de lavagem de dinheiro.
A aeronave está apreendida em Carajás.
No momento da aterrisagem, uma guarnição da PM comandada pelo Tenente Coronel Mauro Sergio estava no local dando suporte e acompanhando o juiz eleitoral na ação efetuou a prisão de um casal de passageiros, além do comandante da aeronave. Eles se encontram em Parauapebas aguardando a chegada de uma guarnição da Polícia Federal que já se deslocou de Marabá para Parauapebas para efetuar os procedimentos cabíveis.
Ainda não se sabe ao certo o valor em dinheiro apreendido e nem para que fim ele seria usado. Os detidos teriam revelado no ato da apreensão que o destino do numerário era pagamento de funcionários da empresa. Especula-se, no entanto, que o mesmo seria usado para pagamento de formiguinhas de uma campanha eleitoral do município.
A conferência do dinheiro apreendido está sendo feita nesse momento em Parauapebas.
Atualização:
O juiz Líbio Moura está seguindo para Marabá, na aeronave apreendida, para apresentar os presos na Polícia Federal. Segundo o juiz não houve denúncia anônima e sim um trabalho de investigação conjunto das polícias civil e militar em parceria com a justiça eleitoral. Ainda segundo o juiz, o valor apreendido foi de R$800,000,00 (oitocentos mil reais).
Atualização
O valor acaba de ser conferido: E$1.130.020,00 ( hum milhão, cento e trinta mil e vinte reais).
Atualização
Foi aberta uma conta judicial no Banco do Brasil de Carajás para que o depósito do valor fique à disposição da justiça até que alguém ou alguma empresa reclame e comprove ter a propriedade sobre o mesmo. A numeração das cédulas será repassada ao Banco Central para que o mesmo rastreie o dinheiro. 
Atualização
O Blogger foi informado que o dinheiro apreendido hoje em Carajás é da empresa ETEC, que presta serviços em Parauapebas. Ele é procedente de Belém e foi sacado ontem na capital paraense. O destino do numerário seria o pagamento da NF 1600, emitida em 20 de setembro de 2012, no valor de R$1.134.750,25 (hum milhão trezentos e trinta e quatro mil, setecentos e cinquenta reais e vinte e cinco centavos) pela empresa White Tratores e Serviços Ltda, com sede em Canaã dos Carajás, por serviços de locação de equipamentos. Segundo informou o representante da White Tratores, foi solicitado que a ETEC sacasse em espécie o valor, já que a mesma estaria com alguma dificuldade junto a rede bancária e teria que efetuar pagamentos aos seus funcionários no próximo dia 05. O saque foi feito e o dono da White Tratores mandou aeronave de sua propriedade até Belém para trazer o dinheiro através de parentes de um amigo em comum que intermediou essa operação.
Segundo declararam ETEC e White Tratores não há vínculo eleitoral algum nesses recursos e o fato está sendo usado por alguns meios de comunicação, sem nenhum tipo de pudor ou ética,  para denegrir a imagem do candidato do PT  em Parauapebas.
As empresas já habilitaram advogado no caso para solicitar a restituição do dinheiro apreendido, apresentando, para tanto, provas documentais que comprovam a legitimidade da operação, salientando que não houve crime de lavagem de dinheiro, já que a NF e os impostos sobre ela foram pagos e devidamente declarado na escrita contábil de ambas as empresas.
Sobre o suposto crime eleitoral, já que especulava-se que o dinheiro seria usado para pagamento de “boca de urnas”, o representante da White Tratores nega qualquer participação na campanha do PT, até porque estaria com a relação desgastada com os representantes locais do partido. “Eu hoje sou eleitor em Canaã dos Carajás e não teria por que voltar a participar na campanha em Parauapebas, afirmou João Vicente, que em 2004 foi um dos principais doadores da campanha que levou Darci Lermen (PT) a assumir a prefeitura de Parauapebas e a ser reeleito em 2008.

Obviamente, que estas informações não convence ninguém minimamente politizado. Explicações tão claras e rápidas, apenas tentam esconder a verdade gritante.  Dinheiro para boca de urna, para saldar compromissos, pagar as compras de candidatos. Esperamos que o povo, o mesmo que acreditou no PT e agora o vê traindo sua confiança, trazendo Bel Mesquita como sua parceira, a mesma Bel que arrasou Parauapebas, possa dar sua resposta domingo próximo. Não a sacanagem gratuita, a política de rasteira, aos arranjos de melancolia. Chega. Agora é tempo de renovação. Não que acreditemos nas possibilidades de Valmir da Integral, mas porque precisamos renovar. É uma oportunidade finalmente da classe empresarial assumir a cidade e administrá-la com viés empresarial. Vamos ver o que acontece, mas estaremos cobrando transparência e trato com a coisa publica.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

300 MILHOES APENAS DE REPASSES FEDERAIS – CADE TODO ESTE DINHEIRO?


Parauapebas recebeu mais de R$ 300 milhões em 2011  
Dinheiro é referente a repasses federais e ao maior superávit comercial do ano. Este valor não inclui os repasses da VALE e as receitas de ISS e outras. Apenas repasses vinculados.

Não é preciso ser economista, contador ou advogado. Basta ser cidadão para concluir que as contas não fecham. É impossível uma administração receber tantos recursos e entregar tão pouco a comunidade. Nem uma UTI  de Hemodiálise, nada.

EVANDRO CORRÊASucursal Sul e Sudeste do Pará
O município de Parauapebas, no sudeste do Pará, recebeu do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), de janeiro a novembro de 2011, R$ 39.454.245,56 (trinta e nove milhões, quatrocentos e cinqüenta e quatro mil, duzentos e quarenta e cinco reais e cinqüenta e seis centavos). O maior repasse ocorreu em maio, quando foi repassado ao município mais de 4 milhões de reais. No mesmo período, o município recebeu R$ 49.465. 935, 56, destinados à educação e R$ 16.113.604, 79 para a saúde. No total, o Governo Federal repassou à administração do petista Darci Lermen em 2011, a cifra de R$ 330.984.450,16 (trezentos e trinta milhões, novecentos e oitenta e quatro mil, quatrocentos e cinqüenta reais e dezesseis centavos).
Por outro lado, Parauapebas registrou o maior superávit nacional no ano passado. De janeiro a novembro de 2011, 2.373 municípios brasileiros realizaram operações de comércio exterior. Parauapebas-PA (US$ 10,655 bilhões) teve o maior superávit entre as localidades brasileiras, seguido por Angra dos Reis (US$ 9,594 bilhões), Nova Lima-MG (US$ 4,157 bilhões), Anchieta-ES (US$ 3,719 bilhões) e Itabira-MG (US$ 3,297 bilhões).

Angra dos Reis-RJ foi o município que registrou a maior exportação no período (US$ 12,78 bilhões). Na seqüência os que mais exportaram, entre janeiro e novembro deste ano, aparecem: Parauapebas-PA (US$ 10,933 bilhões), São Paulo-SP (US$ 8,15 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 5,926 bilhão) e Santos-SP (US$ 4,861 bilhões).Na lista dos municípios que mais importaram no período, estão: São Paulo-SP (US$ 13,672 bilhões), Manaus-AM (US$ 11,957 bilhões), São Sebastião-SP (US$ 8,208 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 6,648 bilhões) e Itajaí-SC (US$ 6,223 bilhões).

Então, o que fazemos, sociedade civil organizada. Cadê os cidadãos que trabalham e lutam por uma vida melhor. De quem é seu voto. Vai apenas vende-lo e depois arrepender por mais quatro anos? Nunca tivemos uma oportunidade melhor em Parauapebas, para mudar este estado de coisas. Temos candidatos viáveis, temos a LEI DA TRANSPARENCIA e temos agora os primeiros cidadãos nascidos aqui e que amam esta cidade. Não podemos mais, em mais uma eleição, manter os mesmos grupos de poder que nos últimos vinte anos acabaram com as possibilidades de desenvolvimento desta localidade. Guerreiros, vamos a luta, vamos modificar esta frente. Escolham seus candidatos com raiva, com vontade de mudar. Mas não cruzem os braços depois, vamos vigiar, criar uma oposição de verdade. Pergunto: cadê os políticos de Parauapebas, cadê os líderes, cadê os inteligentes? Próximo capitulo: uma quadrilha.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

GESTAO EM XEQUE


PORQUE O MODELO DE GESTÃO DA VALE  EM PARAUAPEBAS ESTA  EM XEQUE



É do nosso conhecimento  que a sociedade organizada, as empreiteiras,  a cidade de Parauapebas e a própria  cúpula da VALE já entenderam que precisa haver mudanças no modelo de gestão de sua cadeia de suprimentos de serviços.  Numa relação caracterizada pela arrogância e excessivo exercício de poder, refletido nos contratos draconianos que todos os servidores são obrigados a assinar, a VALE  privatizada peca em diversos aspectos, originando um custo adicional para todos, especialmente Parauapebas. Não estamos falando da agenda tributária, esta é legal e obrigatória. Estamos falando da agenda social, humanitária, comercial e de valorização do ser humano. Não vamos abordar aspectos ambientais, ainda não, voltaremos neste tópico em momento apropriado.


Ao arrochar as empreiteiras em valores e custos impraticáveis no estado do Pará, a VALE esta criando, com total responsabilidade porque é uma empresa transnacional e que gera lucros crescentes e espetaculares para seus acionistas, uma situação insustentável do ponto de vista econômico, social e humanitário. Senão vejamos:

Econômico
Com salários vergonhosos para o padrão atual nacional, a VALE exige das empreiteiras um custo mínimo, ao mesmo tempo que patrocina uma serie de benefícios sociais e econômicos para seus funcionários. Assim as empreiteiras tem que gerir contratos e pessoas, constantemente confrontados com sua situação limite. Não podem aumentar salários, senão não conseguem auferir resultado de sua prestação de serviços




São 9:34 -  a portaria da VALE em Parauapebas esta ocupada, desde as 5 horas da manha. Os sindicatos estão mortos. São sindicatos de tudo, portanto  estão relativamente isolados e/ou comprometidos com a política da VALE em Carajás. Ou seja, diversas categorias profissionais, representadas por apenas três sindicatos. Assim se vê, soldadores sendo representados com técnicos de segurança e assim vai. Não dá. Não é possível estabelecer parâmetros de renda, para categorias tão diversas. Precisamos chamar mais atores para o palco das negociações e dos acordos coletivos. Precisamos de mais estudo e analise econômica para subsidiar salários e benefícios. Alias percebemos ao longo destes 20 anos que estudamos esta relação, VALE x trabalhadores, que nunca esteve tão delicada a formatação das contratações e salários. A própria VALE gaba-se de  que, com apenas uma hora trabalhada, seus peões paguem o próprio salário mensal (citar a fonte). A lucratividade é imensa. 

Mesmo porque, com o viés financeiro dado as operações da mina, a VALE se tornou muito valiosa. As transações econômicas envolvendo VALE nas bolsas do mundo são espetaculares. Quem ganha realmente hoje com a VALE nunca pisou numa mina, não sabe o que é arriscar a vida cotidianamente para ganhar a vida. E, de forma parca, resumida, pequena.  Não se tem rede bancaria decente as portas da mina. O peão recebe em contas, onde os bancos exigem um comprovante de endereço. Como a maioria é do Maranhão, portanto não tem residência com comprovante em seus nomes, são impedidos ou tem que retornar dezenas de vezes aos bancos. Aqui o Bradesco tem a ousadia de exigir a assinatura do contrato de locação presencialmente, num claro abuso de poder econômico. O peão tem que levar  o dono de seu condomínio ao banco ou ao cartório para assinar a declaração de residência. Isto para uma simples abertura de conta, para recebimento dos salários. É muita humilhação. Um banco do porte do Bradesco! Mas no Pará tudo é possível. E é muito fácil burlar este documento. A rigor não entendemos qual o valor atribuído pelo Bradesco a esta ida do proprietário ao cartório. O peão pode entregar o endereço hoje e mudar amanha, ou pode nem mesmo estar neste endereço.

Com a expansão econômica brasileira, vieram as diversas frentes de obras, as obras da copa, das olimpíadas, do PAC e tanto outras. A mao de obra, fortemente discriminada racialmente, com clara e superior ocupação em todos os cargos por pessoas de pele clara (alias, o governo precisa intervir neste quesito, temos elementos para acreditar que há na verdade um apagão de mao de obra de brancos. Há um enorme e significativo numero de pessoas de cor desempregada. Pessoas preparadas, com certificados e grau de instrução exigidos. As empresas não tem mais opção, precisam contratar negros e mestiços. Em Parauapebas, basta olhar nas filas do desemprego e nos ônibus da mina. Alias, qual a proporção das etnias na estrutura da VALE, uma empresa notadamente racista nas contratações?

Assim, vemos as empreiteiras parando na portaria da VALE em Parauapebas. Na verdade parando toda a cidade. As reivindicações, as mesmas de todo o ano: melhores condições de trabalho, melhores salários, melhor assistência social. Cada semana pára uma empresa. Os trabalhadores revoltados, sem liderança e sem direção. O que será das operações da mina de ferro em Carajás?

Social
Parauapebas é a Idade Media.  Apartir da portaria da VALE, que considero o marco zero da localidade, em qualquer direção que você for, em cinco minutos estará na Idade Media. Na própria Cidade Nova, local da portaria, não há água encanada. O sistema de esgoto é precário, não há hospitais que funcione, nada. Apenas as clinicas de saúde ocupacional estão faturando e ostentam aparência de lucro. O transito é caótico, há esgoto correndo a céu aberto. Em qualquer direção, por cinco minutos de carro, você verá fatos muito piores. Não há esgoto na cidade. O sistema de água foi feito pelo Chico das Cortinas, em 1996 e cobre menos de 10% da planta urbana.  As ruas são estreitas e mal planejadas. O canteiro central foi ocupado pela própria prefeitura, inutilmente. Não há lixeiras. Afastando um pouco mais, os loteamentos caríssimos tomaram conta da paisagem. A Buriti, loteou uma nova Parauapebas, sem compromisso de um metro de esgoto, um asfalto decente e um sistema de iluminação. Neste momento o endividamento na cidade é altíssimo, pressionando os salários para cima. O único hospital público esta em construção há oito anos e nem sinal de quando ficará pronto.

Os postos de saúde funcionam precariamente e as clinicas particulares não tem médicos suficientes. Nao há mercadorias nas lojas, no volume do consumo local. Os aluguéis são caríssimos e as habitações mal construídas, quentes, abafadas e mal acabadas. Os hotéis, sempre lotados,  tem seus preços nas nuvens. Se um familiar do peão adoecer ou se acidentar, vai morrer. Não tem uma UTI neonatal ou máquina de hemodiálise na região. A indústria da invasão é agenciada pelo próprio prefeito. Não há compromisso com o meio ambiente, haja visto a destruição das nascentes, encostas e mananciais, patrocinados pela expansão imobiliária. Morros são arrasados, encostadas destruídas e habitadas, ruas se acotovelando nos morros, praças e jardins abandonados.
 Não há lazer, apenas igrejas e bares. Um ou outro. A comida é cara, assim como os medicamentos e todo o básico para sobreviver. O que se ganha em Carajás, Sossego, Salobro e Bahia é muito pouco, em relação a media nacional. Os peões estão isolados, não há representatividade, os sindicalistas são pragmáticos e querem ganhos pessoais imediatos, as empresas desconhecem os custos reais para se operar no Pará e burras, não contratam consultorias de foco para orienta-las na composição de preços no local das obras. Não se conhece a cultura VALE para seu supllay chain.  A VALE precisa ajudar a construir Parauapebas. É de sua responsabilidade social sim, no meio da selva amazônica, ajudar a manter uma cidade que surgiu para servi-la. Nossos problemas explodem dentro da mina e mancham o minério exportado para o mundo.

Humanitário
É um apelo internacional. Os governos que consomem o mineiro de Carajás precisam conhecer melhor as condições de exploração desse material: Seus custos, visíveis e invisíveis, a total falta de sensibilidade da VALE para com o lado humano das pessoas. Uma cidade onde  tamanha riqueza é gerada, conviver com níveis alarmantes de miséria e isolamento?

Como a VALE permite uma gestão municipal incapacitada e inoperante? Como maior mineradora do mundo e com suas marcas de excelência de gestão, a VALE poderia tentar treinar e compartilhar conhecimento administrativo e financeiro com o executivo municipal.  Como empresa compromissada com o social, influenciaria na aplicação correta dos bilhões que são repassados anualmente para uma cidade que falta de tudo.

Questão humanitária porque há milhares morrendo todos os anos em razão direta da falta de leitos hospitalares, de falta de saneamento, de esgoto e água tratada, de médicos  e de hospitais minimamente capacitados. Humanitário porque, se houver problemas de rins e sangue, apenas em Marabá (quando há vaga no SUS) ou Belém. Perdemos  Arivaldo ano passado, por falta justamente de uma UTI com hemodiálise. Quantos são perdidos por ano? Humanitário porque são pessoas que importa. O homem é o centro do processo.  As pessoas acreditaram na VALE e para cá trouxeram suas vidas.

Encerrando, vemos pasmados, todo dia uma parada na portaria da VALE na Cidade Nova. Cadê os inteligentes que nem sequer percebem o murmurar dos peões? Porque não se sai na frente e costura um amplo acordo com todas as empreiteiras, diretamente com as novas lideranças, para se dirimir todas as pendências, resolvendo-as?

Não será a queda de preço da tonelada métrica e a queda de consumo do motor chinês que esta  fazendo a VALE perder o foco, ao permitir que erros tão primários aconteça, comprometendo sua imagem de empresas seria em todo o mundo.
Mais uma vez peões sem liderança pararam a portaria. Hoje foi  a UTC, amanha será quem? 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

MOVIMENTO URBANO, QUESTÕES SOCIAIS E TRABALHO


Porque um protesto na portaria da VALE, para toda uma cidade em Carajás.
Falamos sempre e temos convicções que Parauapebas é uma cidade rica, que experimenta um assombroso crescimento, que tem renda de exportação maior que São Paulo, que isto e aquilo e esquecemos o essencial: os seres humanos que vivem aqui.
Não temos uma UTI preparada para hemodiálise, justo aqui, numa área de água contaminada e de fortes tendências a acidentes tendo um ambiente de risco 4 dentro de nossas fronteiras. Possuímos um sistema de transito caótico e incompetente, uma turba violenta e sem controle, um aparato de segurança assassino e autoridades complicadas, sem compromisso e enroladas. Nem as clinicas particulares conseguem atender a demanda assustadora de pacientes que as lotam, aguardando por uma consulta, mesmo pagando os caros planos de saúde exigidos por Carajás. O sistema de saúde publica não funciona, esgotou, não há médicos, e no SESP pode-se aguardar até um dia e uma noite por atendimento de urgência. Que orgulho temos desta cidade e de seus recursos de exportação ou fortemente centralizados?
Ontem sentimos na pele a importância que os acontecimentos de Carajás tem para nos. Quase esquecemos que a VALE é nossa razão de aqui estar, todos nós, queiramos ou não. É a mineradora a razão de todo e qualquer investimento, tese, sucesso ou fracasso aqui. Quando insatisfeitos com algo, por qualquer motivo, vamos parar a portaria da VALE e assim paramos a cidade inteira. Não entendemos como pessoas tão capacitadas em seus discursos e ações, possam não ter estratégias sobre o óbvio. Se quisermos parar a mina e Parauapebas, vamos parar a portaria da VALE, centro nervoso, econômico e social desta cidade.
Então, ao menos deveria se ter um plano social para evitar as aglomerações e ações nesta portaria. Não temos, nunca teve. Toda e qualquer decisão sobre nossa cidade, vamos trazer especialistas de fora para resolver. Cobram caro, quando chegam aqui, não resolvem. Não resolvem porque não conhecem perfil sociografico, história, estratificação social, relações interpessoais de aglomerados urbanos como nós somos. Temos especialistas aqui, e não são solicitados porque estas relações burras e antigas não permitem. Os grupos de poder estão perdidos porque são antigos, não querem renovar suas relações, resgatar outras. A VALE tem sido, pelo seu papel central neste processo a mais antiga, não relaciona com ninguém aqui, apenas com os grupos corruptos e de poder. Não enxerga além.
 
Nos últimos vinte anos, as lideranças sindicais são as mesmas. São sindicatos de tudo, não reservam atenção ou estudos para os diversos setores profissionais que abrigam. Um sindicato de construção civil não pode representar um soldador ou eletricista da mina de ferro. Um sindicato de metalúrgicos jamais poderia representar mineiros, se formos generalizar. Então não representam ninguém e assim, possuem carta branca para negociatas, acordos e financiamentos pessoais. A massa bruta, os peões que dão sangue, coração, saúde e vigor para fazer do Brasil o maior exportador de minérios de ferro do mundo, de fazer da VALE a maior mineradora do mundo são tratados como podres: uma policia violenta e despreparada, a prender peões por desacato a autoridade quando recusam, em suas  blits absurdas a procurar bandidos onde so tem peões a descansar e tomar um gole, e humilhação das revistas e mãos na parede, a falsos médicos que sequer tiram pressão e olham para seu paciente, mesmo recebendo por seu serviço, a hospitais sujos, com pessoal arrogante, despreparado  e furiosos, a sanha enriquecedora de empresas vitimas de licitações e cotações autoritárias. E sobretudo a ira desgraçada de políticos que sequer merecem comparações com qualquer elemento da natureza e que ficam perplexos o tempo todo, de queixo caído ante as possibilidades de fazerem algo e que preferem encher seus próprios bolsos.
Assim vemos nossa Parauapebas caminhar para o desespero. A Nova Usina pecou sim, ao deixar um problema grave ganhar as proporções de ontem. Fortes sinais e indícios que algo não ia bem  já na quinta feira dava para preocupar. O sistema de proteção social da VALE errou feio, nem sei se este monstro tem algum sistema de proteção social. Patrimonial tem, nesta cidade não temos pessoas, mas patrimônio, objetos, bens, posses. Os sindicatos nem sabiam do que estava acontecendo e certamente acreditaram que podiam controlar e dominar a revolta dos peões. Todos perderam, a cidade perdeu. Ficamos parados quase toda a manha, como convencer tantos homens que tudo vai bem quando cada um sabe da mentira?
 
A VALE precisa de uma nova estratégia de gestão social. Não é contemplar ONGs ou associações e sindicatos, mas ela própria ter como intervir nas condições subumanas que seus peões sofrem em Parauapebas. Um minério manchado de sangue, desonra e incalculáveis sacrifícios ambientais esta sendo vendido para todo o  mundo. Precisamos do hospital do núcleo para ajudar a salvar vidas. A VALE precisa urgente tirar a portaria da cidade nova, desviando o acesso a mina por outra entrada, deixando a saída por aqui, não altera a rotina de ninguém. A prefeitura precisa repensar o sistema de trafego de Parauapebas. Investimentos em infraestrutura, novas vias, sistemas eficientes de controle de transito. Precisamos tirar o trafego da PA do centro de Parauapebas. Os caminhões que entram na cidade apenas para apanhar documentos e seguirem para Canaã, podem ser atendidos em escritórios VALE fora da cidade.
E quem vai ouvir os peões? Esta esgotado este modelo sindical, a força dos trabalhadores é colossal e esta livre, selvagemente livre. Os políticos não a podem  alcançar, não entendem quem trabalha. A policia não tem as competências. O estado é ausente. As empresas são cegas demais, estão perdidas em seus custos e  controle e a VALE tem preocupações de sobra no Canadá, na Austrália, na China e outros. Quem vai ouvir e ordenar as demandas dos peões? Ontem foi apenas um sinal dos novos tempos.
Bancos, casas lotéricas, hospitais, serviços incompetentes, atenção. Uma fotografia foi tirada ontem e amanha podem estar sua parede. Vamos andar com os tempos modernos das mídias sociais, da comunicação turbinada por celulares e da oferta massiva de vagas, sem a contrapartida da mobilidade de mao de obra. FALA PEAO!

Voltando ao consorcio Nova Usina, trata-se da problemática de mais um consorcio. Todos geram problemas para nossa cidade. Não sei, talvez desencontros internos, gestão, planejamento. Mas o fato é, todos os consórcios que trabalham ou trabalharam em Carajás, Salobro ou Sossego, trouxeram problemas e os deixaram aqui quando se foram. São reflexos de sua imobilidade frente as frenéticas mudanças e alterações contratuais que a VALE exige e renova. Os consórcios padecem da agilidade das empresas normais. Parauapebas não pode pagar eternamente por falhas segregadas de empresas visitantes. Mas outras empreiteiras estão enfrentando os mesmos problemas. Com o numero crescente de obras por todo o Brasil, já houve uma alinhamento para cima nos salários de todos os trabalhadores. Em todas as praças, os salários estão mais consistentes. Em Parauapebas  não. Mas a Rádio Peão, a emissora mais poderosa do Brasil, esta com o noticiário em aberto, comentando os próximos acontecimentos. Os sindicatos não estão  a ouvir, as empresas estão surdas e a VALE não se importa mesmo. Teremos movimento, e dos grandes. Ninguém suporta estes salários de fome mais, há serviço em todo canto do país. PEOES EM MOVIMENTO!

VEJA MAIS FOTOS DA PARALISAÇÃO DA PORTARIA DE CARAJÁS: