segunda-feira, 14 de junho de 2021

Cinco municípios elegerem novos prefeitos .

 Cinco municípios elegeram novos prefeitos neste domingo

Cinco municípios elegeram novos prefeitos neste domingo

As novas eleições ocorreram em Sidrolândia (MS), Nova Prata do Iguaçu (PR), Petrolândia (SC), Campestre (MG) e Espera Feliz (MG)

Eleitores de cinco municípios foram às urnas neste domingo (13) para eleger novos prefeitos e vice-prefeitos. As novas eleições ocorreram em Sidrolândia (MS), Nova Prata do Iguaçu (PR), Petrolândia (SC), Campestre (MG) e Espera Feliz (MG). O novo pleito foi marcado porque os prefeitos eleitos em 2020 tiveram registro indeferido.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a legislação determina que sejam realizadas novas eleições quando o candidato mais votado em uma eleição para uma prefeitura tiver o seu registro de candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral de forma definitiva.

Em Petrolândia (SC), foi eleito o candidato Irone Duarte, do Partido Progressista (PP), que obteve 2.195 votos (47,98% do total de votos válidos). O vice eleito na chapa é Egoni, também do PP.

No município de Espera Feliz (MG), foi eleito Oziel Gomes, do Partido Social Democrata (PSD), com 5.484 votos (45,43%). O vice-prefeito eleito é o Sr. Edinho, do PSD.

Em Nova Prata do Iguaçu, Serginho Faust, do Partido Liberal (PL), foi eleito com 3.455 votos, que representam 51,09% dos válidos. Faust é servidor público municipal e tem 53 anos. O vice-prefeito eleito é Odair Pez, também filiado ao PL.  

O candidato Marquinho Turquinho, do Democratas (DEM), foi eleito neste domingo para prefeito de Campestre (MG). Ele obteve 5.790 votos, o que representa 50,7% dos votos válidos. Seu vice na chapa é Dr. Zenun, também do DEM.

Já em Sidrolândia (MS), a candidata Vanda Camilo do PP, ficou em primeiro lugar para a prefeitura, com 10.768 votos (52,4% dos votos válidos). A vice-prefeita eleita na mesma coligação é Rose Fiuza, do PP. 

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/politica/1813361/cinco-municipios-elegeram-novos-prefeitos-neste-domingo



quarta-feira, 2 de junho de 2021

Entre os que mais morrem de covid -19 estão domestica , pedreiros e motoristas .

 Motoristas, domésticas e pedreiros estão entre os que mais morrem de Covid

Motoristas, domésticas e pedreiros estão entre os que mais morrem de Covid


Individualmente, os aposentados respondem pelo maior grupo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Entre as atividades ocupacionais que mais registram mortes por Covid-19 na cidade de São Paulo entre março de 2020 e março de 2021 estão as empregadas domésticas, os pedreiros e motoristas de táxi e aplicativo, segundo uma pesquisa feita pelo Instituto Pólis com base em dados da Secretaria Municipal de Saúde.

Individualmente, os aposentados respondem pelo maior grupo vítima da doença. Foram 9.925 mortes nesse período, o que corresponde a 32,2% do total. Outras 4.832 pessoas eram donas de casa (15,7%), e outros 3.391 (12,8%) morreram sem que sua atividade ocupacional fosse registrada.

Por fim, os dados indicam que 37,8% das pessoas que morreram estavam empregadas no mercado de trabalho.
Das mais de 30 mil mortes, 23,6 mil (76,7%) não completaram 11 anos de estudo, ou seja, não finalizaram o ciclo de educação básica.

"Considerando a escolaridade das vítimas como um indicador indireto sobre seu padrão de renda, os dados demonstram que a mortalidade de Covid-19 é maior entre trabalhadores e trabalhadoras mais pobres, que, em muitos casos, são caracterizados pela informalidade e pela impossibilidade do trabalho remoto", escrevem os autores do estudo denominado "Trabalho, território e Covid no município de São Paulo".

Pouco mais de um quinto dos óbitos (21,6%), as pessoas que morreram vítima de Covid-19 atuavam em atividades essenciais, tais como saúde, segurança pública e transporte. Na classificação dos pesquisadores, 6,5% das mortes foram de trabalhadores não essenciais, tais como aqueles que atuam em trabalho doméstico e construção civil, e que continuaram exercendo as suas atividades.

"É importante debater o que é considerado realmente essencial, no momento de impor medidas restritivas, em uma emergência sanitária como essa", afirmam os autores.

Os dados tabulados pelo Instituto Polis foram obtidos via Lei de Acesso à Informação. Eles trazem detalhes do PRO-AIM (Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade), um sistema municipal que faz a checagem das informações contidas nas declarações de óbito registradas na cidade. Nessas declarações, existe um campo onde é possível inserir o dado do CBO (Classificação Brasileira de Ocupações).

Ao menos 960 profissionais mortos por Covid-19 são do agrupamento transporte e tráfego. Destes, ao menos 78,7% são taxistas ou motoristas de aplicativo.

Segundo explica o arquiteto e urbanista Vitor Nisida, pesquisador do Instituto Pólis e um dos autores do estudo, não é possível saber exatamente quantos taxistas ou motoristas de aplicativo morreram, já que o CBO é de 2002, data que não existia ""como ainda não existe"" a classificação de motorista de aplicativo.

"O que a gente nota é que são os óbitos anotados como motorista de praça, chofer, taxista, aí a gente enxerga um grupo de pessoas que trabalham profissionalmente prestando esse serviço dirigindo algum carro para levar passageiros. Não tem essa identificação que os separe", afirma Nisida.

Outro ponto que chamou a atenção dos pesquisadores foi a quantidade de empregadas e empregados domésticos mortos, que perfazem 2,4% do total. O grupo é composto, em sua maioria, por mulheres (90,8%) e negras (53,6%).

Trata-se de um pouco menos da metade de total de mortes registradas em todo o comércio, que reponde por 5,1%. A diferença é que o contingente de empregadas domésticas é estimado em cerca de 230 mil, enquanto o de trabalhadores do comércio, em mais de 1 milhão.

Outro segmento muito afetado foi o da construção civil. A atividade ocupacional que registrou a maior parte das mortes foi a de pedreiros, com 33% do total. Apenas 10,6% das mortes nesse segmento foram de engenheiros civis. "Em tese, os engenheiros têm um nível de exposição melhor, pela formação e padrão de renda, geral ou pelo fato de ter ensino superior, mesmo assim é um número grande de mortes, com 135 óbitos", afirmou.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, responsável pele elaboração do Plano São Paulo, informou que a classificação das atividades consideradas essenciais foi feita a partir de estudos de vulnerabilidade e risco de contágio, embasado por trabalho científico da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Segundo a pasta, o plano leva em consideração dados técnicos e científicos de monitoramento da evolução da pandemia e da capacidade do sistema hospitalar.

"É respaldado por análises e pareceres do Centro de Contingência para permitir, de forma consciente e gradual, a retomada das atividades econômicas dos setores. O Governo de SP esclarece, ainda, que a classificação das atividades essenciais é definida pelo Governo Federal, seguindo modelos internacionais."

A pasta informa que entre as medidas indicadas pelo Centro de Contingência está a de escalonamento de horário das atividades econômicas como forma de reduzir o contato entre as pessoas e manter o distanciamento social.

 Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/economia/1809474/motoristas-domesticas-e-pedreiros-estao-entre-os-que-mais-morrem-de-covid


segunda-feira, 31 de maio de 2021

governo em pressão pelos lojistas pela redução do ICMS e IPTU.

 Lojistas pressionam governo e prefeitura por redução de ICMS e IPTU

Lojistas pressionam governo e prefeitura por redução de ICMS e IPTU


Segundo Nabil Sahyoun, presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings), a proposta é que o valor do IPTU cobrado dos estabelecimentos seja proporcional ao período em que as lojas ficaram abertas no ano passado

Cresce a pressão dos empresários donos de lojas sobre o governo de São Paulo e a prefeitura da capital para pedir alívio tributário.


Segundo Nabil Sahyoun, presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings), a proposta é que o valor do IPTU cobrado dos estabelecimentos seja proporcional ao período em que as lojas ficaram abertas no ano passado. "Se eu fiquei fechado durante 200 dias, como podem me cobrar o IPTU integral?", diz Sahyoun.


Com o governo estadual a conversa é sobre o ICMS. Ele diz que estão negociando carência no pagamento e retirada da multa. Também pedem prazo de até três anos para pagar o imposto, sem juros.
O movimento está em linha com a demanda da associação de shoppings, Abrasce, que também tem levado pedido semelhante aos governos.


Sahyoun diz que prevê uma nova onda de quebradeira e de demissões no setor se o comércio tiver de fechar novamente por causa das restrições para conter a Covid.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/economia/1809008/lojistas-pressionam-governo-e-prefeitura-por-reducao-de-icms-e-iptu


quinta-feira, 27 de maio de 2021

brasil poderia ser o primeiro pais a iniciar a vacinação entenda?

 Dimas Covas: Brasil poderia ter sido o 1º país do mundo a iniciar vacinação

Dimas Covas: Brasil poderia ter sido o 1º país do mundo a iniciar vacinação

Dimas Covas afirmou que se o governo tivesse assinado um contrato em julho do ano passado, 60 milhões de doses da vacina poderiam ter sido entregues até dezembro de 2020

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta quinta-feira, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que, em dezembro no ano passado, quando o mundo iniciava a vacinação contra covid-19, o Instituto Butantan já tinha 5,5 milhões de doses Coronovac produzidas e 4 milhões em processamento. Ambos os lotes não tinham contrato com o Ministério da Saúde.

 

Segundo o diretor, não fossem os "percalços" que o Instituto teve que enfrentar no período, "tanto do ponto de vista do contrato, quanto do ponto de vista também regulatório", o Brasil poderia ter começado a imunização contra covid-19 ainda no ano passado.

O diretor do Butantan afirmou que enquanto a maioria dos países já tinha feito a regulamentação para o uso emergencial das vacinas contra covid, em meados do ano passado, a regulação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) saiu apenas em dezembro de 2020.

De acordo com Covas, não fossem esses "atrasos", o Brasil poderia ter sido o primeiro País do mundo a começar a vacinação contra covid-19. Para Covas, o cenário não se concretizou por uma falta de "agilidade maior de todos esses autores.

Dimas Covas apresentou aos senadores a cronologia das tratativas com o Ministério da Saúde para compra da Coronavac e afirmou que se o governo tivesse assinado um contrato apresentado ao Ministério em julho do ano passado, 60 milhões de doses da vacina poderiam ter sido entregues ao Programa Nacional de Imunização até dezembro de 2020.

Covas também afirmou que as "idas e vindas" do governo com relação ao tema, apesar de não atrapalharem o quantitativo de vacinas entregues à pasta, continuaram a atrasar o cronograma de entrega dos imunizantes. O contrato final com o governo foi assinado no dia 7 de janeiro deste ano.

Sem apoio financeiro

No depoimento, Dimas Covas também afirmou que, até o momento, não houve apoio financeiro do Ministério da Saúde para a produção da Coronavac. Ele ainda relatou que a campanha negativa nas redes sociais contra o imunizante atrapalhou a fase de testes clínicos, por dificuldade de recrutamento de voluntários.

"Era para o estudo clínico ter terminado em outubro, mas aí nós começamos a ter dificuldade com os estudos clínicos. A dificuldade foi a velocidade de entrada de voluntários porque, nesse momento, existia um ambiente conturbado, um combate muito exacerbado a essa vacina nas redes sociais", disse ele.

Covas também lembrou que, antes de fechar com a farmacêutica chinesa Sinovac, o instituto procurou várias parcerias para desenvolver uma vacina, mas que considerou a cooperação com a empresa ideal porque a tecnologia usada é a mesma que o Butantan domina. "Naquele momento não existia cláusula comercial com a Sinovac, era parceria", afirmou o diretor.

Descaso

Para o líder da Oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), a fala inicial de Dimas Covas à CPI da Covid mostra que "mais uma vez, o descaso do governo Bolsonaro com as vacinas fica evidente". "É gravíssimo!", classificou Molon no Twitter ao comentar as declarações do diretor do Butantan sobre a negociação dos imunizantes.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/politica/1808083/dimas-covas-brasil-poderia-ter-sido-o-1-pais-do-mundo-a-iniciar-vacinacao

segunda-feira, 24 de maio de 2021

OMS pede que países, desenvolvidos forneçam vacina a países subdesenvolvidos ou (pobres).

 Diretor da OMS pede que países forneçam mais vacinas a países pobres

Diretor da OMS pede que países forneçam mais vacinas a países pobres

O programa, das Nações Unidas, tem o objetivo de garantir que todos os países tenham acesso à vacinação

A pandemia de Covid-19 está sendo perpetuada por uma "escandalosa desigualdade" na distribuição de vacinas, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta segunda-feira (24).

O diretor-geral da OMS pediu, na assembleia ministerial anual da organização, que os países doem vacinas ao programa Covax para imunizar 10% da população de todos os países até setembro e 30% até o fim do ano.

O programa, das Nações Unidas, tem o objetivo de garantir que todos os países tenham acesso à vacinação.

Tedros também pediu aos fabricantes de vacinas que comprometam 50% de seus volumes com o programa este ano.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/ultima-hora/1806961/diretor-da-oms-pede-que-paises-fornecam-mais-vacinas-a-paises-pobres

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Essa e a realidade da mulher negra no Brasil ou do cidadão negro .

 

RACISMO: "Ao entregar currículos com foto...não recebia nenhum retorno"



“Essa é a realidade de ser uma mulher negra no Brasil e no capitalismo: permanecer sempre embaixo de várias camadas na sociedade, ocupando os piores postos de trabalho, ganhando os piores salários, tendo que enfrentar jornadas duplas, triplas de trabalho ou o desemprego...A falácia de que no Brasil não existe racismo(...)”. Esse relato foi escrito a partir do grupo de estudos do curso e livro Mulheres Negras e Marxismo organizado pelo Pão e Rosas DF/Centro Oeste.

Mudar para uma nova cidade sempre é um desafio, independente para qual município. Isso pode-se agravar conforme algumas ‘’caixas’’ que somos posicionados pela sociedade. Ao mudar de Goiânia para Brasília, inicialmente o desejo foi procurar um emprego, pois quem sempre trabalhou não consegue ficar parado. Diante a esse foco, em permanecer ativa, comecei a entregar currículos por Brasília.

Me organizei em etapas, primeiro: o melhor dia para entregar currículo; segundo: divisão por região administrativa; terceiro: foco em escolar para educação infantil e ensino fundamental I. Assim foi feito, durante meses sai por Brasília de 2 a 3 vezes por semana, com 10 a 15 currículos por dia.

Com mais de meses entregando currículo, eu não entendia o motivo de não ser chamada para nenhuma entrevista. Em minha cabeça, ecoava alguns pensamentos, tais como: “estamos em crise”, “logo vou receber uma ligação”, “será que meu currículo está bom o suficiente?”. Desse modo, sempre procurei algum problema existente em mim ou no currículo.

Conversando com uma amiga, que mora em Goiânia, disse que já estava aflita, pois eu entregava currículos e ninguém me ligava, não mandava e-mail. Questionei se ela observava algum problema, pois eu não via nada que pudesse atrapalhar. Isso posto, chegamos a conclusão em tirar a foto que estava estampada, prontamente fiz isso no final de semana.

Novamente me organizei em algumas etapas e assim sai entregando, só que agora sem foto. Em pouco tempo, algo ’’incrível’’ aconteceu, fui chamada para participar de processos seletivos em algumas escolas, comecei a fazer entrevistas, testes e até cheguei a ministrar aulas para crianças pequenas por algumas semanas.

Pode-se dizer que algo surpreendente e magnífico aconteceu, como antes ao entregar os currículos com fotos e não recebia nenhum retorno e a partir do momento que a removi comecei a participar de processos seletivos. É exatamente isso, as caixas que somos colocados na sociedade.

Não houve mágica alguma, aconteceu o que sempre ocorre com pessoas que não se enquadram em um padrão definido pela burguesia, pelos patrões, que exclui sempre a grande massa trabalhadora que no Brasil é uma maioria negra e feminina.

Essa é a realidade de ser uma mulher negra no Brasil e no capitalismo: permanecer sempre embaixo de várias camadas na sociedade, ocupando os piores postos de trabalho, ganhando os piores salários, tendo que enfrentar jornadas dupla, triplas de trabalho ou o desemprego...A falácia de que no Brasil não existe racismo, pois só tem mesmo nos EUA, como disse Mourão, é uma grande mentira que só convém aos capitalistas e golpistas para continuarem nos atacando, super explorando e oprimindo.

A luta histórica dos trabalhadores onde as mulheres negras sempre foram de linha de frente mostram o caminho! Nos inspiremos nela, pois o capitalismo, o racismo e o patriarcado não vão cair sozinhos, mas com a força da nossa luta e organização a gente vai ter que derrubá-los.


Esse relato foi escrito a partir do grupo de estudos regional do curso e livro Mulheres Negras e Marxismo organizado pelo Pão e Rosas DF/Centro Oeste e impulsionado pelo Campus Virtual do Esquerda Diário. Inscrições gratuitas aqui. Participe da próxima reunião que terá o tema "Negras no topo?", dia 02/05 às 16h. Tem interesse? Mande uma mensagem para (61)99903-2711 (Luiza).

Noticias:https://www.esquerdadiario.com.br/RACISMO-Ao-entregar-curriculos-com-foto-nao-recebia-nenhum-retorno



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

como agir após ter seus dados vazados nas redes sociais !

 WhatsAppAgência Brasil explica: como agir após ter dados pessoais vazados 

Os recentes vazamentos em massa de dados de consumidores em todo o país acenderam o alerta. De posse do nome completo, do endereço e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), criminosos podem fazer estragos na vida do cidadão comum. Com linhas de crédito e dívidas contraídas indevidamente, pessoas físicas terminam com o nome negativado sem terem feito nada.

Para a vítima, resta o constrangimento e o trabalho de limpar o nome. Isso sem contar as dezenas de ligações diárias de cobradores em outras cidades. A tarefa envolve paciência e, algumas vezes, pode acabar nos tribunais.

Na maioria dos casos, a pessoa lesada pode resolver o problema nas próprias empresas. Primeiramente, o contribuinte deve pedir um extrato detalhado ao órgão de proteção em que está negativado, para comprovar a origem da dívida. Depois disso, é preciso entrar em contato com a empresa responsável pela negativação, por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), ou escrever uma carta de próprio punho afirmando desconhecer o débito.

Em todos os contatos, é importante que o cliente peça o número do protocolo na empresa responsável e tire cópia da contestação escrita a mão. O cidadão também deve pedir que a empresa emita algum documento que comprove o recebimento da carta, com data, assinatura e carimbo.

Quando o cliente descobre a negativação ao fazer uma compra no comércio local, deve falar com o gerente do estabelecimento, explicando a situação. É recomendado pedir uma declaração formal do gerente que possa ser usada como prova.

 

Justiça

O problema aprofunda-se quando a empresa se recusa a limpar o nome do consumidor. Nesse caso, a saída costuma ser a Justiça. O consumidor deve juntar a documentação obtida – número de protocolo, carta de próprio punho e declaração do gerente – e entrar com pedido de retirada do nome do cadastro de devedores. A vítima também pode pedir indenização por danos morais.

A retirada do nome dos órgãos de proteção ao crédito pode ser feita por meio de liminar, que tem tramitação rápida e dispensa a espera para o processo acabar. Munido de toda a documentação, o cliente pode marcar atendimento nos próprios órgãos de proteção e contestar o lançamento no cadastro de devedores sem pedido de liminar, mas a análise do caso é individual.

 

Prevenção

A melhor saída para evitar transtornos ainda é a prevenção, com o cliente desconfiando de qualquer mensagem, ligação e forma de contato recebida. Em relação a e-mails, o consumidor deve identificar a procedência do endereço da mensagem e evitar clicar em links e instalar qualquer programa. No caso de ligações telefônicas que peçam dados sensíveis, o cliente deve pedir a identificação do atendente e o número do protocolo. O ideal é desligar a chamada e ligar de volta, tentando retomar o atendimento com base no número do protocolo.

Uma das principais fontes de golpes, o whatsapp deve ter a identificação em duas etapas ativada. Por meio desse recurso, o usuário criará uma senha de seis algarismos que deverá ser digitada periodicamente ao ler as mensagens. O código inibe clonagens e aumenta a segurança do aplicativo. Em relação a cartões de crédito, é recomendado usar cartões virtuais em compras online. Além de poderem ser facilmente excluídos, os cartões virtuais não estão em outros vazamentos de dados.

No caso de sites do governo, como o Portal de Serviços Públicos do Governo Federal (gov.br) o Meu INSS e o auxílio emergencial, é recomendado trocar as senhas após o vazamento em massa.

Noticias:https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-02/agencia-brasil-explica-como-agir-apos-ter-dados-pessoais-vazados