Segundo
laboratório espacial da China é lançado
Redação do Site Inovação Tecnológica -
16/09/2016
Laboratório espacial Tiangong 2, ainda em fase de montagem. A
conformação final conta ainda com o braço robótico externo e os painéis
solares. [Imagem: Xinhua]
Palácios celestiais
A China lançou com sucesso seu
segundo laboratório espacial experimental.
Com 10,4 metros de comprimento e
pesando 8 toneladas, o Tiangong 2 (Palácio Celestial 2) é o passo final rumo à
construção de uma estação espacial chinesa definitiva,
que deverá começar por volta de 2020.
O esforço começou em 2011, com o lançamento do Tiangong 1. O
segundo passo foi dado no mesmo ano, com a acoplagem automática de uma nave
não-tripulada ao laboratório. Em 2012, o laboratório Tiangong 1 foi visitado
pela primeira vez por astronautas chineses, demonstrando a
capacidade definitiva de viagens a uma nave em órbita.
A agência espacial chinesa perdeu
contato com o Tiangong 1 no início deste ano, e ele agora está caindo
lentamente, devendo reentrar na atmosfera no ano que vem.
Passo a passo
O laboratório Tiangong 2, já
orbitando a Terra a uma altitude de 390 km, deverá receber sua primeira missão
tripulada já no mês de Novembro, quando dois astronautas deverão passar um mês
em órbita realizando experimentos científicos.
Uma missão automática
não-tripulada, feita por uma nave cargueira, deverá levar suprimentos e
combustíveis e retirar lixo em Abril de 2017, fechando o ciclo de funcionamento
similar ao da Estação Espacial Internacional.
Outra similaridade e outro teste
importante para a futura estação espacial chinesa é o braço robótico que equipa
o Tiangong 2. Com 10 metros de comprimento, o robô será responsável por fazer a
manutenção externa da nave, movimentar equipamentos e experimentos científicos
e dar apoio aos astronautas durante as planejadas caminhadas espaciais.
A vida útil prevista do Tiangong
2 é de dois anos.
Cooperação
O laboratório Tiangong 2 vem
demonstrar também que a China não pretende continuar isolada em sua exploração
espacial.
Um dos instrumentos a bordo,
chamado POLAR, foi construído com apoio da Agência Espacial Europeia (ESA) por
pesquisadores da Suíça, Polônia e China.
Trata-se de um observatório de
explosões estelares, conhecidas como explosões de raios gama, ou GRB
(gamma ray bursts). A expectativa é que o instrumento possa captar até
10 GRBs por ano, ajudando a esclarecer o mecanismo destas que parecem ser as mais fortes explosões cósmicas.
Outro destaque científico da
missão é um relógio atômico, este totalmente chinês, que será testado em
conjunto com um experimento de transmissão quântica de dados.
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