Bits
viram piscadas de luz para acelerar computadores
Redação
do Site Inovação Tecnológica - 18/06/2018
Visualização artística de um circuito integrado comunicando-se por luz,
em vez de elétrons, para permitir uma comunicação mais rápida e eficiente em
termos energéticos. A chave é o novo interruptor eletro-óptico. Uma fibra
óptica (a partir da esquerda) serve de referência de tamanho.[Imagem: ETH
Zurich]
Bits fotônicos
Pesquisadores da área de fotônica criaram um
microcomponente que traduz os bits 0 e 1 da linguagem digital, que são
tipicamente sinais elétricos nos processadores e memórias, em bits de luz, ou
fotônicos, que têm velocidades dez vezes maiores do que as tecnologias atuais.
O componente é um modulador
eletro-óptico, que converte sinais elétricos em pulsos de luz prontos para
viajar pelos cabos de fibras ópticas. Além disso, o processamento de dados com luz
promete ser muito mais veloz e consumir uma fração da energia usada pelos
processadores atuais, o que significa que eles virtualmente não vão esquentar,
permitindo ganhos adicionais de velocidade.
"Tal como aconteceu com
avanços anteriores na tecnologia da informação, este pode impactar
dramaticamente a maneira como vivemos," antevê o professor Larry Dalton,
da Universidade de Washington, nos EUA.
O novo componente eletro-óptico
já nasce próximo do tamanho dos atuais componentes dos circuitos eletrônicos, o
que é necessário para a integração dos sistemas fotônicos e eletrônicos em um
único chip.
Com ele, a largura de banda é
aumentada por um fator de 10, enquanto o consumo de energia é reduzido por um
fator de 1.000.
Plasmônica
A nova tecnologia foi possível
explorando uma quasipartícula chamada plásmon polariton, que possui propriedades
intermediárias entre elétrons e fótons. Essa tecnologia de partículas híbridas
é conhecida como plasmônica.
As aplicações do componente podem
ser divididas em duas categorias com base no comprimento de onda da luz que ele
for projetado para gerar: as telecomunicações por fibra óptica e as
interconexões ópticas na computação utilizam luz em frequências ópticas
(infravermelho), enquanto aplicações como telecomunicações sem fio e radar usam
radiação eletromagnética nas regiões de radiofrequência e micro-ondas.
Bibliografia:
Low-loss plasmon-assisted electro-optic modulator
Christian Haffner, Daniel Chelladurai, Yuriy Fedoryshyn, Arne Josten, Benedikt Baeuerle, Wolfgang Heni, Tatsuhiko Watanabe, Tong Cui, Bojun Cheng, Soham Saha, Delwin L. Elder, Larry. R. Dalton, Alexandra Boltasseva, Vladimir M. Shalaev, Nathaniel Kinsey, Juerg Leuthold
Nature
Vol.: 556, pages 483-486
DOI: 10.1038/s41586-018-0031-4
Low-loss plasmon-assisted electro-optic modulator
Christian Haffner, Daniel Chelladurai, Yuriy Fedoryshyn, Arne Josten, Benedikt Baeuerle, Wolfgang Heni, Tatsuhiko Watanabe, Tong Cui, Bojun Cheng, Soham Saha, Delwin L. Elder, Larry. R. Dalton, Alexandra Boltasseva, Vladimir M. Shalaev, Nathaniel Kinsey, Juerg Leuthold
Nature
Vol.: 556, pages 483-486
DOI: 10.1038/s41586-018-0031-4
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