terça-feira, 23 de abril de 2019

Mortes no trânsito


São Paulo registra 1,2 mil mortes no trânsito no primeiro trimestre
Publicado em 22/04/2019 - 15:39
Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil São Paulo



São Paulo - Prefeito João Doria sanciona criação do Parque Municipal do Minhocão, que prevê desativação gradativa do Elevado João Goulart para carros e uso exclusivo para lazer (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Foram registradas no estado de São Paulo 1.205 mortes no trânsito nos primeiros três meses do ano. O balanço foi divulgado hoje (2) pelo Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga). O número representa uma ligeira queda (-0,6%) em relação as 1.212 mortes ocorridas entre janeiro e março do ano passado.
A maior redução foi do atropelamento de pedestres. No primeiro trimestre deste ano foram registradas 289 mortes, -15,4% do que as 338 registradas no mesmo período de 2018. Houve uma alta de 12,8% nas vítimas de acidentes entre automóveis, saindo de 275 fatalidades no ano passado para 310 em 2019. As mortes de motociclistas também cresceram, de janeiro a março deste ano com 439 ocorrências, representando 5,8% da 415 registradas no ano passado.
Em março, houve uma queda de -4% no número de mortes no trânsito no estado, com 429 ocorrências, contra 447 no mesmo mês de 2018.
Regiões
As maiores quedas de acidentes fatais aconteceram nas regiões de Itapeva (-30%), Ribeirão Preto (-26%) e Franca (-25%). As altas mais significativas ocorreram nas regiões de Barretos (+42%) e Araçatuba (+37%). Na região metropolitana da capital houve um crescimento de 3% nas mortes por trânsito, totalizando 416 casos no trimestre.
Perfil
A maioria das vítimas dos acidentes é homem (80,7%) e condutor do veículo (57,9%). O período da noite concentra 49% das ocorrências com 48,5% fatalidades.
Edição: Valéria Aguiar
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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Debate


Entidades e governo vão debater iniciativas para a indústria 4.0

Publicado em 03/04/2019 - 16:57

Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil Brasília

O ministro interino do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Júlio Semeghini e o  presidente do BNDES, Joaquim Levy durante lançamento da Câmara Brasileira da Indústria 4.0.
 
Com o objetivo de criar condições para que o Brasil não fique para trás na chamada quarta revolução industrial, conhecida como indústria 4.0, foi lançada hoje (3) a Câmara Brasileira da Indústria 4.0. A ideia é de debater o tema com os meios empresarial e acadêmico, para facilitar a integração de iniciativas de fomento da indústria 4.0, a manufatura avançada e a internet das coisas, que integra dispositivos eletrônicos usados no dia a dia à internet. “O momento é de discutir aplicações. Em que casos investir e como disponibilizar [recursos]. Vamos aproveitar o que temos para darmos o passo seguinte, que é a Internet das Coisas”, disse o ministro interino do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Júlio Semeghini, durante a cerimônia de lançamento da Câmara. 

“Essa Câmara, além de focar na Indústria 4.0 nos ajudará também a pensar o marco regulatório dos startups”, acrescentou, referindo-se a outra iniciativa do governo, voltada a empresas iniciantes .Segundo o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC, Paulo Alvim, o objetivo final das políticas a serem elaboradas a partir da Câmara da Indústria 4.0 é fazer com que as bases de conhecimento sejam transformadas em riqueza para o país.“Essa Câmara é um esforço de construção coletiva com a participação de governo e sociedade civil para promover a transformação do país. Trata-se de uma nova etapa a ser desenvolvida, a partir do aprendizado obtido com iniciativas anteriores”, disse.

Crédito                

Uma das nove entidades que formarão o conselho superior dessa Câmara é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o presidente do banco, Joaquim Levy, o BNDES “estará firme” na infraestrutura e na indústria 4.0. “O BNDES se junta a esse trabalho com disponibilização de crédito. Estaremos presentes com capital físico, financeiro e com nossos recursos humanos. São inúmeras as interligações [da indústria 4.0] dentro da economia. Pode ajudar a agricultura, por meio de colheitadeiras inteligentes que analisam o solo ou a meteorologia. Podem também ajudar no transporte, na segurança, na iluminação pública, entre outros”, argumentou.

Formação

Na avaliação do o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, falta capital humano para que o Brasil consiga avançar na direção da quarta revolução industrial. “Estamos muito atrás. Portanto formar profissionais é nossa prioridade”, disse. Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Afonso Ferreira, que também integra a Câmara, a quarta revolução industrial não pode ser para poucos. "Precisa ser permeada para toda a sociedade. É preciso, também, um esforço sério de redução de desperdício e do tempo de fabricação de produtos, bem como disponibilizá-la a baixo custo para todos. Ela também demandará qualificação massiva de mão de obra e investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação”, disse o presidente da CNI.

Também integram o conselho superior, que tem caráter deliberativo, Ministério da Economia, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Emprapii), além de MCTIC, CNI e BNDES.

Saiba mais

  • Profissionais da indústria 4.0 terão melhor remuneração, diz ministro
  • Indústria 4.0 quer conhecimento tecnológico e competência relacional
  • Estudo aponta 30 profissões que estão surgindo com a indústria 4.0

Edição: Sabrina Craide